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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Quando matam um Sem Terra"

28 de agosto de 2009
Quando matam um Sem Terra
Pedro Munhoz

1.Quem contar traz à memória,sabendo que a dor existe,quando a morte ainda insiste,em calar quem faz a História.Pois quem morre não tem glória,nem tampouco desespera,é um valente na guerra,tomba, em nome da vida.Da intenção ninguém duvida,quando matam um Sem Terra.
2.Foi assim nesta jornada,quando mataram mais um,o companheiro ELTON BRUM,não teve tempo pra nada.Numa arma disparada,o Estado é quem enterrae uma vida se encerra,em nome da covardia.Toda a nossa rebeldiaquando matam um Sem Terra.
3.É o desatino fardado,armado até os dentes,até esquecem que são gente,quando estão do outro lado.E vestidos de soldado,todo o sonho dilacera,violência proliferatiro certeiro, fatal.Beiram o irracional,quando matam um Sem Terra.
4.Quem és tu, torturador,que tanta dor desatas,desanima e maltratao humilde plantador?Negas a classe, traidor,do povo tudo se gera,te esqueces deveras,debaixo de um capacete.Dá a ordem o Gabinete,quando matam um Sem Terra.
5.Em algum lugar da pampa,ELTON deve de estar,tranquilo no caminhar,jeito humilde na estampa.E algum céu se descampa,coragem se retempera,outras batalhas se espera,dois projetos em disputa.Não se desiste da luta,quando matam um Sem Terra

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